O senador Roberto Requião (PMDB) foi condenado a pagar 360 salários mínimos – o equivalente a cerca de R$ 224 mil – ao desembargador Sérgio Arenhart por ofensas feitas em 1991, quando o peemedebista era candidato ao governo do Paraná. Além de juros e honorários advocatícios, Requião também deverá garantir a publicação da sentença nos órgãos de imprensa que abordaram o caso na época. Com mais essa decisão, o histórico de multas aplicadas ao parlamentar pela Justiça ultrapassa R$ 1,3 milhão. A sentença se baseia em acusações feitas contra Arenhart, que então era juiz, de que ele seria parcial nas duas decisões. Em reportagens publicadas na época, conforme cita a decisão divulgada ontem, Requião fala em “abusos da Justiça Eleitoral e desvios de tribunais e juízes”, que configurariam “absurdos praticados em vários escalões, configurando ensaios de ditadura togada”. “Além de suspender programas, vê-se que o magistrado achou que lhe cabia entrar na campanha”, afirmou o peemedebista. Em novembro de 2000, Requião foi condenado pela 6.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), mas recorreu da decisão. Agora, quase 12 anos depois, o caso foi definido e Requião acabou sendo condenado por ter colocado em dúvida a credibilidade de Arenhart, ao divulgar decisões do juiz que estavam sob segredo de Justiça. “A repercussão perante a classe e família causou que se sentisse acabrunhado, tendo que justificar sua posição a terceiros... outras pessoas faziam insinuações maldosas incluindo palpites [de que ele] poderia ser desonesto”, disse uma das testemunhas no processo. Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br
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